15 de julho de 2013

Mais benefícios dos alongamentos

Segue abaixo parte de uma matéria da Revista Saúde sobre alguns benefícios dos alongamentos:

Estique sua saúde

Boas "espichadas" fazem com que todos os grupos de músculos, ou cadeias musculares como dizem os especialistas , se livrem de encurtamentos.


Boa noite e boa voz
Combater o encurtamento da cadeia posterior, especificamente da região do pescoço, ajuda a afastar a insônia. Se a musculatura cervical está contraída, o sono acaba entrecortado, assegura o neurologista Rubens Reimão, do Hospital das Clínicas de São Paulo, considerado um dos maiores especialistas brasileiros em distúrbios do sono. O resultado é cansaço, irritação e falta de concentração no dia seguinte. Alongar a musculatura do pescoço também protege a voz. É que, quando os músculos ao redor da laringe estão tensos, há mais chances de surgirem calos nas cordas vocais. Por essa razão, bons cantores sempre se dedicam ao alongamento, conta o otorrinolaringologista Paulo Pontes, da Unifesp.
Com uma das mãos, puxe delicadamente a cabeça. Mantenha o outro braço aberto com a mão esticada para trás. Alterne depois de 20 segundos. Fonte: Revista Saúde

 Poupe a coluna e os joelhos
Outra vez a cadeia posterior, na parte de trás do corpo, é mencionada. Ela engloba desde músculos da cabeça até os do dedão do pé. É uma das mais vulneráveis ao encurtamento, afirma a fisioterapeuta Arlete Bernal, da Clínica de Reabilitação do Movimento, em São Paulo. E a coluna corre o risco de ser a maior vítima nesse caso, já que suas vértebras tendem a ficar pressionadas pelos músculos contraídos. A longo prazo, sofre desgastes que são capazes de levar à artrose. Outro prejudicado é o joelho. Ele fica sobrecarregado quando a tensão está na parte de trás das pernas, diz o fisioterapeuta Maurício Garcia, do Instituto Cohen de Ortopedia.

Mantenha a coluna reta, aponte os pés para a frente, afaste as pernas, que devem estar paralelas, e flexione uma delas. Fique nessa posição por 20 segundos e alterne a perna.
Fonte: Revista Saúde 

Encha os pulmões de ar
Ao respirar direito, você, sem perceber, alonga os músculos da cadeia respiratória, que interferem na capacidade pulmonar. Garantir a amplitude desse grupo muscular, que inclui o diafragma, facilita a passagem de ar. Uma boa dica é alongar a musculatura da região superior do tórax. E, para isso, muitas vezes basta um simples endireitar de ombros. Quanto maior a rigidez nessa área, mais difícil será a respiração, diz a professora Jennifer Paratz, especialista em fisioterapia respiratória da Universidade de Queensland, na Austrália.

Coloque uma das mãos no peito e outra na barriga.Conte 1 e inspire pelo nariz. Solte o ar pela boca e conte 2. Faça tudo bem devagar e repita cinco vezes. Fonte: Revista Saúde 


Afaste a dor dos braços e da cabeça
Para combater o mal que acomete, sobretudo, quem vive digitando, o ideal é trabalhar a cadeia anterior do braço, que vai da região dos ombros até as mãos. E, embora cada um dos músculos mantenha-se em áreas distintas, todos eles estão interligados por películas que os especialistas chamam de fáscias. Assim, se os dedos estão tensos e doloridos, isso chega a refletir lá no trapézio, nas costas. Essa tensão pode ser o estopim para dores de cabeça, afirma Sabrine Pfeiffer Marinho, fisioterapeuta do Hospital São Luiz, unidade Morumbi, que fica na capital paulista. Alongar os braços, então, é o caminho para o alívio de muitas dores.

Encaixe os ombros, alinhe a coluna, estenda os braços para a frente, mantendo-os um pouco abaixo da linha dos ombros, estique os cotovelos. Coloque uma palma da mão sobre a outra. Permaneça assim por 20 segundos e troque as mãos. Fonte: Revista Saúde
  
Depois do esporte 
Por isso mesmo é que os esportistas também devem alongar o corpo após a atividade física. Assim, os músculos que porventura ficaram mais tensos evitam as célebres dores do dia seguinte. Também é importante caprichar na postura, diz a fisioterapeuta Nathassia Orestes, da capital paulista.
RESPEITE OS LIMITES
Não faça movimentos bruscos e não tente ir além da sua flexibilidade, erguendo a perna lá no alto. Procure a posição mais confortável. Fique atento também à posição dos pés, deixando-os, de preferência, sempre projetados para a frente. Essa sutileza é o suficiente para poupar os quadris de um esforço desnecessário — e perigoso. Círculo vermelho = errado - pois apontar os pés para o lado sobrecarrega os quadris! Fonte: Revista Saúde

Vale redobrar a atenção com a respiração, que deve ser pausada. Essa calma toda, além de fundamental para as "esticadelas", faz com que suas sessões sejam recomendadas para gestantes. Um estudo da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos, mostra que essa atividade afasta a hipertensão. O alongamento reduz o risco da pré-eclampsia, resume a professora SeonAe Yeo, uma das autoras. Para completar, há indícios de que espichar as pernas ajude a prevenir varizes, já que a circulação sangüínea é favorecida. Faz sentido: músculos retraídos espremem a passagem de volta do sangue. O recado para as futuras mamães, entretanto, é conversar com o obstetra antes de se dedicar a esse ou a qualquer outro exercício.

Quer saber mais?
Então observe as imagens e explicações abaixo:

Por meio de um microscópio, daria para ver que, nas camadas mais internas de um músculo, há vários grupos de proteínas que se ligam longitudinalmente, formando fibras. Cada um desses conjuntos, por sua vez, é conhecido como sarcômero.
O sarcômero é o que os fisiologistas chamam de unidade funcional do músculo. Quando ele se encurta, o que se vê a olho nu é toda a musculatura se retrair. E, quanto mais enrijecida ficar, maior a vulnerabilidade a lesões.

O alongamento, porém, faz com que as bainhas que ligam os sarcômeros entre si estiquem. Resultado: as fibras ficam mais elásticas e, como elas formam os músculos, estes por sua vez se tornam mais flexíveis. Assim os riscos de machucados ficam distantes.

A musculatura tensa deixa tudo bem dolorido. Além de o próprio músculo retraído latejar, seus vizinhos terminam influenciados pela falta de relaxamento.
1. Para manter a contração normal do músculo, o cérebro envia estímulos que garantem o tônus. 
2. Quando estamos tensos ou ficamos muito tempo na mesma posição, os estímulos cerebrais são exagerados, o que só aumenta a contração muscular. Há, ainda, maior produção de substâncias que podem causar dor, como o ácido lático. 
3. A musculatura contraída comprime os vasos, o que interfere no fluxo sangüíneo e no aporte de oxigênio. Tudo fica ainda mais dolorido, além de haver interferência nos movimentos.

Fonte:
Revista Saúde

Caroline C. Medeiros
Fisioterapeuta

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